O teu sim passeia no meu não salgado:
Virou candura.
Tropeça na garganta ávida,
Risca a voz, atropela o pranto
É limiar e paciente, e ensaiado e sorrateiro
Mas repetiu-se tanto
Que logo virou refrão.
Assombrou e embaraçou
Os fios da minha voz gelada
Calejada, que no escuro
Confundiu-se muda em vão.
Agora em mim teu sim espalha
Comove-me por minuto,
Depois pérfido e astuto,
Contradiz-me e condena
Que o positivismo ralo
De tão frágil é fantasia.
Por isso, pro meu destino,
Decido por fim o não.
3 comentários:
Me senti lendo um poeta famoso, esse poema é uma lenda de tão audacioso. E lindo.
Sempre que leio seus poemas não sei o que falar, as palavras vem com um doce vento, aquele que é forte e gostoso ao mesmo tempo, não sei se tu me entende.
Ah doce mila, vou ser para sempre tua fã!
beijão amore!
;@@
Mas que coisa linda, milinha.
Linda mesmo.
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