domingo, 15 de março de 2009

...porque eu não sou pudica.

não consertei toda a bagunça dessa última noite. não alinhei os panos,
continuam perdidos denotando toda essa vontade que não quer nunca sossegar.
o quarto ficou preso e eu me deitei sozinha com o seu gosto em cada pedacinho do meu corpo, e eu podia até sentir seu cheiro forte se fechasse os olhos.
"minha vez, deixa?" e você me diz um não bonito quando aumenta o ritmo do jeito que eu gosto. "isso...".
são duas, três e uma e meia da manhã e eu nunca fico vulnerável nua, as suas mãos sabem exatamente os pontos que você chama de macios, mas é você que é tão suave com toda a fúria desses dedos fortes. todos meus.
as minhas mãos só pensam despudor e ontem o gosto não era mesmo de cerveja, nem de tabaco e eu te vendo assim por cima e te abraçando as pernas ("muito") pra te eternizar. como eu suo!
tenho pensado que é por isso que uso tantas saias e vestidos fáceis, é que o meu corpo não quer resistir ao seu, por isso eu puxo os seus cabelos e te sussurro essas malícias.
nem salso nem doce... quente, bom.
(...)