quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

malcriada!

não é boa companhia hoje. madrugada 3:17.
os dedos são vermelhos, de quê será?
os olhos ardendo é de febre, as pernas encolhidas (talvez seja o frio)
como pesa uma cabeça quente, gente!
(e essa nuca sem vontade de dormir...)

(eu amo)

não há firmeza na minha caneta, nem no meu juízo
a felicidade me roubou a poesia,
e agora só me resta reclamar e reclamar e reclamar:

não gosto que me chame desse jeito,
nem quando morde forte assim,
não gosto desse negrito inútil mastigando essas palavras
e detesto deletar escrachos por considerar
cê cedilha ou ésse, te ofender assim
inútil!

(eu minto)

as minhas mãos são calmas e eu tô doentinha
mas veneno há, veneno há

é porque nessa noite
a palavra mais bonita
desse mundo
é não.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Camila

"No meio da noite, tremenda euforia
meu canto rasgava, solidão me batia
cantava e cantava e Camila dormia
num canto da casa um pingo batia
queria ter asa, o amor me comia
rezava e fumava e Camila dormia

Camila morena, enquanto tu dormes,
eu brinco com acordes,
eu ouço mil vozes
será que me chega alguém que partiu?

Camila pequena minha flor de maio,
tomara eu me cure de toda ausência
tomara eu não viva por conveniência
tomara eu não morra veloz como um raio

Agora amanhece, o sol se inicia
eu olho pra sala, a casa vazia
enquanto acordavas, meu corpo dormia
lá longe bem sei que a Camila sorria

...E Camila brincava, e Camila cantava
e Camila chorava e Camila orava,
enquanto fora dos meus elementos
minha alma voava e me desfazia..."



(Letra de uma canção antiga e triste, feita por meu pai há dezoito anos atrás.)