quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Ferme la porte

Ferme la porte e eu
finjindo um sono até roncado
e falando de mim como se conhecesse de feras
abuso de escárnio e da minha voz
sangro de novo - e um passarinho
pousa inconveniente em tanto lamento
Tu n'es que mon passarinho
E eu arranco as unhas pra não te ferir
E por falta de coragem
de um bom banho
de dormir
Eu grito e me envergonho do grito
Choro e tomo raiva de choro
Mas como bicho isso parece surreal
Desmoronar sem querer, que seja
Et moi
que só eu não sou a gente
Eu posso só que me deixar
arder