não consertei toda a bagunça dessa última noite. não alinhei os panos,
continuam perdidos denotando toda essa vontade que não quer nunca sossegar.
o quarto ficou preso e eu me deitei sozinha com o seu gosto em cada pedacinho do meu corpo, e eu podia até sentir seu cheiro forte se fechasse os olhos.
"minha vez, deixa?" e você me diz um não bonito quando aumenta o ritmo do jeito que eu gosto. "isso...".
são duas, três e uma e meia da manhã e eu nunca fico vulnerável nua, as suas mãos sabem exatamente os pontos que você chama de macios, mas é você que é tão suave com toda a fúria desses dedos fortes. todos meus.
as minhas mãos só pensam despudor e ontem o gosto não era mesmo de cerveja, nem de tabaco e eu te vendo assim por cima e te abraçando as pernas ("muito") pra te eternizar. como eu suo!
tenho pensado que é por isso que uso tantas saias e vestidos fáceis, é que o meu corpo não quer resistir ao seu, por isso eu puxo os seus cabelos e te sussurro essas malícias.
nem salso nem doce... quente, bom.
(...)
6 comentários:
ai ai ai ui ui
Senti um leve ferver de sangue, confesso.
Mas o filho do casal ( daqui uns 3 milênios, lógico) será o próximo Guimarães Rosa, sem querer ser chata.
Que "pílula colorida"! Gostei muito, muito mesmo.
Que "PÍLULA COLORIDA"! Gostei muito.
tinha esquecido do seu blog... e gostei de achar o link aqui =)
achei seu blog em um do meu amigo, e seus textos são maravilhosos, incríveis, traduzem tanta sensações.
parabéns.
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