quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

malcriada!

não é boa companhia hoje. madrugada 3:17.
os dedos são vermelhos, de quê será?
os olhos ardendo é de febre, as pernas encolhidas (talvez seja o frio)
como pesa uma cabeça quente, gente!
(e essa nuca sem vontade de dormir...)

(eu amo)

não há firmeza na minha caneta, nem no meu juízo
a felicidade me roubou a poesia,
e agora só me resta reclamar e reclamar e reclamar:

não gosto que me chame desse jeito,
nem quando morde forte assim,
não gosto desse negrito inútil mastigando essas palavras
e detesto deletar escrachos por considerar
cê cedilha ou ésse, te ofender assim
inútil!

(eu minto)

as minhas mãos são calmas e eu tô doentinha
mas veneno há, veneno há

é porque nessa noite
a palavra mais bonita
desse mundo
é não.

6 comentários:

Franklin disse...

Abre parênteses "Como sempre. Muito bom." Fecha parênteses.



=D

Unknown disse...

'a felicidade me roubou a poesia'

É uma cretininha, essa tar de felicidade. Rouba mesmo a poesia, deixa mudo o nosso inferno.

Mas menina do céu, tenho que te avisar: se ela roubou a tua poesia logo devolveu, em dobro.

B. Roque disse...

sim, cabeça quente pesa tanto que tira até o sono

Ana Paula Sampaio disse...

Camila, lindo, lindo... Eu também amo, eu também minto... Mas que me rouba as palavras é a tristeza... beijos!

Anônimo disse...

É de madrugada que tudo acontece, o cabelo, o osso, a saudade crece, até o amor acontece. A felicidade emudece o sentimento, camufla-o em em flor ao vento.

Um beijo e felicidades.

Ana f disse...

"a felicidade me roubou a poesia"

e é só por isso que sinceramente não vejo problema algum eme curtir uma boa fossa!

(eu minto)