domingo, 16 de agosto de 2009

de suar.

entre o molho e o ermo
eu vou me despejando assim
te sugando como um pano enxuto

e mais um minuto
e eu te saudo
como ama seca
falhando os termos desse vai-e-vem

(você
vem
e
vem)

eu sufoco os olhos
eu pa ra gra fo
esse sereno

e


é fuga mansa
(e é quando já estou sem juntas)
é fácil apenas se me
res pi rar
de infinito ou sem pausas
(são todas brandas como o meu sorriso-
verde - de jeito nenhum)

aí você me olha polido
(e até sua tez dissimula o certo)
e então eu juro, vou me comportar:
eu aconselho,
eu cedo os lábios,
remeto a voz,
eu sorrio estridências;

e conjuro a cobiça
e toda a beleza
do sussuro-gozo
nesse ombro seu.

5 comentários:

Gusthavo disse...

Foda

Hélio disse...

Impressionante, este texto. Belo e instigante de uma forma difícil de se encontrar.
.
Parabéns!

Natacha disse...

Mas até eu que sou meio cheia de pudores suspiro...

Você é meio genialzinha né cabra da peste?

=)

Stone fox disse...

que texto lindo =) leio seu blog já faz um tempo, gosto mto, mas tinha preguiça de fazer um pra mim, postar meus textos e comentar. bem, agora já estou aqui te 'seguindo', acostume-se com as minhas visitas haha :D beijos =*

Anônimo disse...

e nisso já tem uns 4 anos que te conheço; ao menos em parte digamos, mas conheço.
das suas letras veio a saudade; fomos amigos? não sei se tanto, mas algum tipo de confiança houve; confidencias, trocas e esperas; vontade; desejo; lembrança e por fim... minha imaginação daquilo que não foi...
mas mesmo assim, sua voz, que de tão pueril, ainda me traz algo.