terça-feira, 21 de outubro de 2008

quando me vem o acalanto é quando me cria a compaixão.

eu não poderia jamais afastar suas mãos dos meus cabelos,
sabendo que teu consolo precisa saber das minhas tristezas.
(eu posso até chorar pra que tu não percas tal cargo)
eu não posso sentir raiva de tua cor de ouro
(principalmente dela é que não posso sentir raiva),
não posso sequer exigir-lhe que te difiras de mim.
e aí quando tu me perguntares por que choro,
e quando eu invariávelmente disfarçar minha lucidez
(com meu gosto amaro de cerveja e tabaco)
portarei-me como a mais vil das pecadoras,
(das mais líricas pecadoras)
pra que tu me devores com seus olhos lilases
e transcreva toda a minha conduta rubra
para a sua candura fria
(de ciano e amarelo).

2 comentários:

Ruleandson do Carmo disse...

Nossa, seus textos são ótimos, sempre muito fortes e sinceros. Mas não bebe muito não, olha a Amy (risos).

Beijos,

Parabéns!

Gusthavo disse...

Deixa a menina beber...