quarta-feira, 29 de junho de 2011

pra relembrar

Como não se dá falar de amor
sem Zuzu no travesseiro se
tem qualquer coisa viva caminhando ainda nas bordas desse vazio
como?
se a fome passeia pro meu peito com vontade de dormir
enxergando o mundo com os olhos remelentos de quem
deita às dez levanta às onze e dorme mais
Olha,
Dá pra ficar tonto, viu
como quem assistisse todo o tempo de três tantos
no minuto de um só
é
como não falar de amor sem falar de céu azul
(...)
Respira
daquele jeito cardíaco de onde se tomava copos gelados como ração para calibrar
E ia como se tiranizando todo o ritmo do meu sentido
E controlando meus volumes e
desafinando a minha vontade de contar de um
a dez e
Eu conto
Que bonito mesmo é dizer do amor de nuvem,
de pele escura,
e dos gomos de tangerina
que moram tão bem
no melhor sono que
existe
aqui ni mim

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